Juntas Adoração Teologia e Vida

A Mente a Serviço de Deus

15/05/2010 16:46

            Gosto de definir teologia de uma forma simples e até engraçada. Teologia é como o chefe de cozinha que prepara deliciosos pratos no seu trabalho. Como o chefe de cozinha, assim é o estudo teológico da bíblia: prepara deliciosa comida. O chefe pode conhecer e decorar diferentes receitas mas não alimenta ninguém. O leitor da bíblia poderá conhecer decor uma série de textos bíblicos, mas que não oferecem nenhuma contribuição para uma boa alimentação, já que não houve o ajuntamento correto dos diferentes ingredientes. Teologia se faz assim e é desta forma que  o cristão  satisfaz  a sua fome de Deus.

            Um grande erro do mundo moderno é apontar como verdadeiro e bom tudo aquilo que é prático. Isso se chama de pragmatismo. Este tem sido um câncer perigoso que atinge a igreja atual. Não é negado o valor da prática, aliás, um resultado prático e bom, é fruto de uma boa teoria, mas muitos têm se enveredado por um caminho perigoso, que é desprezar o uso da razão na sua vida cristã. Uma mente possuída pelo Espírito Santo de Deus é aquilo que é chamado a mente de Cristo. O movimento religioso da nova era se tem infiltrado sorrateiramente no meio da igreja cristã. Isto se chama “conformar-se com o mundo”. Este movimento é mais um movimento que esta baseado nas sensações espirituais. Em outras palavras isto é mundanismo. A grande maioria dos cristãos liga mundanismo ao tipo de roupa, música, comportamento social, etc. e se esquecem que também o mundanismo entra na igreja através do estilo de vida que não deseja usar a mente  para estudar e entender a palavra de Deus. Gostamos de experiência, mas não de estudos da experiência, pois se fazemos isto somos questionados na base da experiência.

            Podemos ficar alegres quando olhamos a história cristã, pois os grandes homens de Deus, que escreveram grandes e volumosos tratados teológicos eram homens que viviam na presença de Deus. Eles entendiam que o evangelho de Jesus tinha duas primazias que não eram contraditórias, mas paradoxais, o que exigia do cristão uma resolução. Estas primazias são a primazia do intelecto e a primazia do coração. Assim, as emoções ficam acessas duma melhor forma quando conhecemos mais profundamente a majestade de Deus. Nada pode estar no coração se não estiver primeiro na mente. Quando estudamos os textos bíblicos de homens como Moisés, Isaías, Paulo, e tantos outros da história cristã,  percebemos que eles falam do que conheciam para depois permitir que as emoções sejam colocadas a serviço da adoração. R.C. Sproul, teólogo reformado diz: “As emoções podem ser acesas pelo mais leve conhecimento da majestade de Cristo. Mas para que a fagulha aumente até se tornar fogo devorador e duradouro, nosso conhecimento a respeito dele  deve aumentar”

            A história da igreja foi marcada por grandes pensadores teológicos que se tornaram fonte de informação e fundamentação filosófica e teológica de muitos pensadores atuais. Homens como Agostinho, Inácio de Antioquia, Irineu de Lyon, Agostinho, Tomas Kempis, Martinho Lutero, João Calvino, Jonathan Edwards, fazem parte de um grupo seleto de homens que andavam com Deus e usaram o seu intelecto para dar uma correta expressão da fé cristã. Eles entendiam que a fé cristã era lógica e coerente. Seus corações eram estimulados por algo que conheciam. Atualmente precisamos de homens ou mulheres que tragam para o seu povo uma teologia coerente, lógica e acima de tudo bíblica - e ela existe - só nos resta que estes tenham os seus espaços. Quando muitos cristãos da igreja evangélica brasileira proclamam uma “nova reforma” hoje, despertando o ministério do apostolado, é necessário que estes pregadores da “nova reforma” lembrem-se que também existe o ministério do mestre e outros ministérios, pois só assim esta “nova reforma” será completa.

Ao Senhor da Glória e Eternamente Perfeito Seja Toda a Glória.

Assim eu escrevi - jotaeme

 

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