Uma das coisas que aprendi na vida foi estudar a " linha da vida" . Não se trata de ler a mão para ver o futuro. É o contrario, se lë a linha da vida sem ler a mão e posso olhar e projetar o futuro. Isso eu já fiz diversas vezes. Analisei por onde passei, o que fiz, quais foram as crises que eu vivi, onde eu pequei, onde venci, onde fracassei. Quais foram as minhas habilidades, os meus limites, meus sofrimentos e minhas vitõrias. Em tudo isso eu vi que essa vida foi uma vivência continua sob os cuidados do Soberano. Observei a teologia que esbocei, a teologia que renuciei, da pregação que fugi; das teologias que abominei, da teologia que me apaixonei. Descobri que as dúvidas e as crises da fé me foram mais proveitosas do que sem proveito. Descobri que como quando criança na fé eu fui enganado mas cresci. Eu pensava que tinha criado alguma coisa, mas com certeza não há nada novo debaixo do céu.
Estudando, então, esta " linha da vida" aprendi que muito da espiritualidade que aprendi, que preguei e apoiei, é fruto da falta de reflexão da vida. É fruto de um gnosticismo cristâo que sorrateiramente ainda se mantem na igreja cristã. /este é um desenvolvimento do pensamento que eu chamo " fora do tempo" . Embora tinha e tenha uma roupagem biblica muito disto é fruto de cristãos doentes, neurotizados, revoltados, infelizes que continuam num sistema religioso preservando regras, dias e formúlas. Eu sabia que eles e eu viviamos uma crise entre a fe e a vida, então descobri que não saabiamos conjugar ambas.Até que Deus me ofereceu e me convidou numa caminhada no deserto e sob seu olhar amoroso aprendi a beber da cisterna da graça divina. Depois surgiu no meu coração o desejo de que outros conhecam o signficado existencial que existe no texto da tentação de Jesus no deserto, da Sua crise depresiva no Getsemani, da ira no templo de Jerusalém e da compaixão que olha a multidão que pernambulando sem rumo e sem paz se encontravam "viva"com Jesus . Compreendi milimetricamente o significado do texto joanino " O Verbo se fez carne e habitou entre nós". Acabou-se a dicotomização da vida; a espiritualização do real, a fuga teologica através da espiritualização dos eventos concretos da vida e da fé, pois o Verbo se fez carne. Nasceu e nasce diarimente uma espiritualidade encarnada, uma teologia com cheiro de terra e com gosto de vinho. Após um longo tempo de maturação decidi compartilhar.Talvez vocë diga " Nâo acredito nessa espiritualidade", então você está perdendo a oportunidade de conhecer mais do Senhor das ruas de Jerusalém
JOTAEME